quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O baile de Netherfield - parte 1 - Expectativas...

     Pra quem está passando, Netherfield é a famosa casa recém alugada pelo cobiçado solteiro Mr. Bingley  na obra mais famosa de Jane Austen, "Orgulho e preconceito".
Netherfield em "Orgulho e preconceito" 2005     
      A casa é sem dúvida muito elegante e Mr. Bingley foi persuadido pelas irmãs Bennets mais novas a realizar ali um baile! 
     Esse baile não foi um baile qualquer, dá quase pra escrever um livro sobre ele. Alguém conheceu outro semelhante?
  Mas o que teve esse baile de tão diferente? Primeiro... as grandes expectativas em torno desse  memorável dia:

          ********************************
    As irmãs Bennet mais novas, Kitty e Lydia, estavam super-mega ansiosas pois eram tolas, digo, amavam bailes e queriam encontrar os rapazes da milícia:
      
     Mary Bennet, a irmã do meio, não se entusiasmou muito, pois não via bailes com bons olhos, achava mesmo que o melhor eram os livros, mas como não havia saída, que tal preparar algo ao piano para cantar aos convidados e mostrar seus dotes e sua cultura elevada?
  
  Jane Bennet, a irmã mais velha estava resplandecente de alegria pois estava apaixonada por Bingley e ele era o dono da casa!
     
     Elizabeth Bennet, a segunda mais velha, também estava ansiosa. Queria encontrar o sedutor Mr. Wickham que havia conhecido dias atrás. Estava escantada por sua boa conversa e assim como ela, a aversão a Mr. Darcy:
     
    Mrs. Bennet, a matriarca era só tagarelices. Sem dúvida era sua grande chance de arrumar casamento para suas filhas:
     
     Mr. Bingley também estava encantado por Jane e esse baile para ele era tudo de bom, mas a irmã, Miss Caroline Bingley queria a atenção de Mr. Darcy e achava todas aquelas pessoas "a ralé" com todo seu ar superior. Por ela, nem haveria baile:
     
     Mr. Darcy também não estava habituado com as pessoas mais simples, muita conversa e divertimento como aquele também não eram o seu ponto forte, mas...Elizabeth Bennet...estaria lá:
    
    Mr. Collins estava certo que seria sua grande chance de "bajular". Quem sabe conseguiria algum tipo de "promoção"? Bons relacionamentos são tudo!
     
    Mr. Wickham não queira estar com Mr. Darcy, neste caso...o melhor é dar uma desculpa qualquer pra  não decepcionar Elizabeth e não comparecer:
     
     Charlotte Lucas já estava passando da idade de casar, mas como era muito inteligente, como a amiga Elizabeth, observava onde poderia estar sua oportunidade...

Todos estão prontos??? Será que as expectativas serão alcançadas? O baile vai começar!!!
- Continua no próximo post -

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O baile de Netherfield - parte 1 - Expectativas
O baile de Netherfield - parte 2 - A chegada do grande dia
O show dos Bennets - O baile de Netherfield -  parte 3
Consequências -  O baile de Netherfield - parte 4
Dançando com Mr.Darcy - O baile de Netherfield - parte 5
Dançando com Mr. Collins - O baile de Netherfiel - parte final

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A escolha é das damas

Cavalheiro no tempo de Jane Austen
escolhendo qual será sua parceira
para a próxima dança.
     Que maravilha se sempre tivesse sido assim: "As damas escolhem" ! Aqui estamos falando especificamente de um parceiro para dançar, mas em vários aspectos isso teria sido muito bom.
     Uma cena linda que sempre me lembro é a de "Ao mestre com carinho" ("To sir, with love"/1967)
onde  Pamela Dare (Judy Geeson) tira o professor Mark Thackeray (Sidney Poitier) para dançar na formatura. Achei tudo tão simples e tão singelo! O professor Mark (um engenheiro, na verdade), todo certinho e disciplinado, tentando aprender a dança a qual ele não estava acostumado, os passos, os alunos outrora rebeldes, agora transformados observando... Lulu, a cantora que no filme interpreta uma aluna, anuncia the Ladies' choice (a escolha das damas). Que bom para  Pamela, que ruim pra Elisabeth Bennet  ("Orgulho e preconceito") que mesmo tentando convencer Mr. Darcy quão bom era dançar, 
Captura de tela - 
"Orgulho e preconceito" - 2005
não conseguiu que ele se habilitasse... Pelo que conheço Lizzie (sou uma antiga amiga) ela amaria escolher seu par ao invés de ficar esperando que alguém lhe pedisse a próxima dança, sendo  Mr.Darcy ou Mr. Collins, mas... minhas comparações entre as duas situações vão além (capturas de tela de "Ao mestre com carinho"/1967 e "Orgulho e Preconceito"/1995 e 2005):
A "orquestra"
As beldades femininas
As beldades masculinas
Os vestidos brancos...o de Lizzie
em musselina e o MARAVILHOSO 
em crochê de Pamela (quero um!)
Quando a escolha é masculina
e quando a escolha é das damas
Tentando acertar o passo,
cada um do seu jeito
Ainda acertando o passo e ainda...
cada um a seu jeito...
Passo acertado ou...uma síncopa
     Então, pra quem achou que essas duas passagens não tinham nada a ver, vou colocar as comparações (claro, que minha mente fez).

  • Ambos se passam na bela Inglaterra
  • Um, digamos em 1813 e outro 1967
  • Um, onde a mulher é submissa, outro em plena emancipação feminina
  • Duas moças bonitas e decididas.
  • Em um, a dama se dá conta que está apaixonada por quem sempre desprezou e foi contra suas idéias e atitudes; em outro, a dama se apaixona por aquele que achava um "careta" e que igualmente não aprovava suas atitudes e idéias de disciplina e regras.

   Parece a mesma coisa... Pois é... É o amor... Em qualquer época.
    
  Essa cena ("Ao mestre com carinho"), eu guardei por muitos anos e me lembrava até da música; acho que assisti numa Sessão da Tarde quando tinha por volta de 13 anos (faz tempo) e nunca mais vi, fui assistir novamente depois de muitos anos e me emocionei da mesma forma de quando era adolescente. 
Sidney Poitier é um ator excelente e essa cena do professor Mark tentando achar o ritmo e o passo para acompanhar a jovem Pamela no maior estilo anos 60 é muuuiito linda! E o vestidinho branco de crochê? Babei!
    Coloquei aqui o vídeo com a cena da dança, seguida de Lulu cantando o inesquecível tema "To sir with love". Espero que vocês "babem" também e não chorem muito até o fim do vídeo.
     O filme completo está aqui pra quem ainda não teve a oportunidade de ver. É um clássico. Vale muito a pena.
    Lições de vida e romance...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Quando vovó era moça... o primeiro aniversário do blog!

Quando vovó era moça...tantas diferenças com o passar do tempo.
Quando vovó era moça...as mulheres tinham mais amor próprio e os homens amavam mais as mulheres que se amavam e se respeitavam...
Quando vovó era moça...as mulheres se vestiam com feminlidade e não com vulgaridade e até hoje as roupas vintage  cativam: os corselets, as ligas, as rendas, cintura marcada...
Quando vovó era moça...as pessoas ouviam e davam valor à boa música e aos bons livros...
Quando vovó era moça...os longos cabelos eram primordiais,; os penteados, cachos... as mulheres já perceberam isso e voltaram a encantar o público masculino com lindas madeixas em pleno século XIX.
Quando vovó era moça...os filhos respeitavam os pais, os mais velhos, os professores...
     Mas alguém poderá dizer:
- Mas naquele tempo o mundo era muito mais machista. A mulher não tinha vez, não podia trabalhar, votar, decidir... Pois é...e ai (me) pergunto:
- Porque hoje os divórcios saem mais rápido do que os casamentos? Onde está o romantismo que tantas mulheres sentem falta? Pra conseguir toda essa liberdade que temos hoje, foi necessário que mulher chegasse a ser a degradar tanto???
     Não adianta! Não curto esse total grito de alforria!!! Gosto de ter liberdade mas também de ser paparicada, de receber cuidados como as antigas divas. Gosto quando meu marido tem cuidado comigo, me dá presentes e me trata com todo romantismo como nos tempos da vovó (das bisavós, tataravós...). Sou antiga; cultivo boas sementes e bons conselhos e graças a Deus sou feliz!!!
Quando vovó era moça...tempinho cheio de ternura...

Foto:
lovepicturesgallery.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Os 146 anos de Laura Ingalls Wilder

     Laura Elisabeth Ingalls, nasceu em uma cabana de troncos no estado de Wisconsin, Estados Unidos a 7 de fevereiro de 1867. Casou-se com Almanzo Wilder aos 18 anos e tornou-se Laura Ingalls Wilder.

     Laura é uma grande escritora americana, a melhor, ouso dizer; as lições de vida contidas em seus livros biográficos, a ternura, a alegria com que passa isso ao público é única.
     Dificuldades, namoricos, a infância a juventude, as mudanças com a família em busca do Oeste americano, é tudo muuuuiiito bonito.

Laura com cerca de 14 anos
     Laura publicou seu primeiro livro "Little house on the praire" e depois não parou mais. A série foi publicada entre 1932/1943. Quem incentivou Laura a escrever sua história foi a própria filha, Rose Wilder Lane,
Rose, por volta de 1908
que era jornalista, escritora e foi também correspondente de guerra no Vietnã. Via na mãe um grande talento e não errou, pois Laura já era uma senhora quando começou a escrever.
     A casa em que passou seus últimos anos se transformou em um memorial/museu e recebe milhares de visitas durante o ano todo.
     Os livros de Laura Ingalls Wilder podem ser lidos por todos, dos 8 aos 100 anos, sem medo de errar.
Adaptação para a TV de 1974 a 1983
Laura faleceu em 1957 aos noventa anos,
e deixou escrito 10 livros (nove de uma série e mais um diário de viagem).
Livros de Laura Ingalls,
também com tradução para o português
     Já li e relí vááááárias vezes... Recomendo muito!    
     Bom, fica então esta homenagem aos 146 anos dessa maravilhosa escritora.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os livros e o "eReader"

     Há algum tempo soube sobre os "eReaders". São quase do tamanho de um tablet, pouco maiores que um celular (podendo variar um pouco de um modelo para outro). Quando vi  o Kindle na Amazon, achei o preço um tanto salgado, com frete, etc. e também havia o fato de que os livros em português eram escassos. Achei que com certeza não era o momento e havia uma grande chance de logo ser lançado no Brasil.
     Essa semana, procurando por um atlas escolar pra minha filhinha na Livraria Cultura, me surpreendi com três LINDOS modelos do Kobo Touch eReader. 
     O preço também me deixou surpresa: vão de R$249,00 a R$499,00 (se não engano) e podem ser divididos em até 10 vezes sem juros!!! É muito?! Tem mais: as obras de Jane Austen (em português) estão disponíveis:
E "Emma" bilingue:
      Ficou difícil resistir (ainda estou tentando...).
     Ler em qualquer lugar, com o tamanho de letra escolhido, praticidade e comodidade, sem ter que ficar torcendo o livro, marcando páginas, vários livros em um só lugar (armazenam 1000 livros e alguns modelos tem opção pra cartão de memória e podem armazenar 30.000)... Mas...livros...livros...eles me encantam! Bibliotecas me encantam, os novos, os antigos, as capas...o cheiro... Só fã de carteirinha de livrarias. E aí? Dura decisão! Amo ler, mas amo livros. Vamos ver até quando vou resistir...
Foto:
publicdomainpictures.net